domingo, 8 de março de 2020


Dedicado a todos(as) camionistas, que assim como eu deixam o lar e partem pela a europa fora a procura do ganha pão.
autor: *Jorge Santos (tambem conhecido por Velharias)

Para ganhar alguns tostões
Decidi vir para os camiões
Em um camião eu peguei
E com destino a Europa eu rumei

Neve, frio, chuva, vento, fome
Por tudo isso eu ja passei

A trabalhar de dia e de noite
E sempre sempre tão sozinho
Mas sem nunca tirar da ideia
A minha mulher e o meu filhinho

Ao principio foi dificil
Pois eu nada conhecia
Mas depois de aqui andar
Com isto até eu ja me ria

Isto penso em deixar
Mas até a minha vida orientar
Muito tenho eu que trabalhar

Tantos colegas ja conheci
Tantos irei eu conhecer
Tanta estrada ja percorri
E tanta mais terei eu que percorrer

Sempre que saio de minha casa
Tento não mostrar a minha dor
Penso rápido em regressar
Para junto dos quais eu tenho Amor

Mas um dia vos direi
Que isto eu deixarei
E com duas quadras vos vou deixar
Para terem algo em que pensar

Isto é uma vida de sacrifício
Sempre cheia de solidão
É este o nosso oficio
Agarrados a um camião

Por as estradas do estrangeiro
E sempre mas sempre a correr
É a vida de um camioneiro
Se quer sobreviver



Ali Babá Não é  Ladrão !

ALI BABÁ  quer dizer homem probo

A Lenda
Ali Babá é um personagem da literatura árabe medieval. Suas aventuras são relatadas no conto “Ali Babá e os quarenta ladrões”, que faz parte da obra As mil e uma noites.

Ilustração do conto “Ali Babá e os quarenta ladrões”, por Charles Folkard, do livro As mil e uma noites, publicado em 1917.
Hilary Morgan/Alamy
Na HISTÓRIA, ALI BABÁ É UM HUMILDE LENHADOR que fica sabendo da existência de um tesouro.

O lenhador está na floresta quando vê passar um grupo de quarenta homens a cavalo, carregando caixas. Curioso, Ali Babá os acompanha de longe e vê que param diante de uma grande rocha. Um deles, que parece ser o líder, diz: “Abre-te, Sésamo”. Imediatamente, uma fenda se abre na rocha, deixando ver uma gruta. O homens entram, depositam ali as caixas e saem. Antes de se afastar, o chefe diz: “Fecha-te, Sésamo”, e a passagem se fecha.

Quando o grupo já está longe, Ali Babá diz a frase mágica e entra na caverna. Descobre então um tesouro valioso: tecidos de seda, tapetes preciosos, pratarias e moedas de ouro.

Rapidamente, enche os bolsos de moedas e volta para casa. Conta toda a história à mulher e lhe pede que enterre as moedas de ouro.

O segredo chega a Cassim, irmão de Ali Babá. Ganancioso, Cassim vai até a gruta. Lá dentro, porém, esquece as palavras mágicas para sair e fica preso na caverna. É encontrado pelos ladrões, que o matam brutalmente.

Ali Babá vai à caverna procurar pelo irmão. Ao encontrá-lo morto, fica desolado e leva-o para sepultar o corpo.

Pouco depois o bando retorna e não encontra Cassim. O chefe se dá conta de que mais alguém conhece o esconderijo. Ordena a seus comparsas que encontrem e matem o intruso.

Nesse ponto, entra em cena Morjana. Ela havia sido escrava de Cassim e passou a servir Ali Babá. Astuta, Morjana consegue salvar Ali Babá de todas as ciladas. Os quarenta ladrões acabam mortos e Ali Babá conquista o tesouro.

Em algumas versões da história, Morjana é recompensada com a liberdade e casa-se com o filho de Cassim. Existe ainda outro final, em que o próprio lenhador Ali Babá acaba se casando com a escrava.

A história de Ali Babá é contada em várias publicações no Brasil e em outros países. Também inspirou diversos filmes e animações. Em 1972, no Brasil, o cômico Renato Aragão lançou sua versão da história em forma humorística, num filme dirigido por Victor Lima que tem como título, justamente, Ali Babá e os quarenta ladrões.


O que aprendi sobre os mineiros casando com uma mineira

Publicação: 12/12/2017 - Jornal Estado de Minas

Agora morador de BH, o poeta e cronista *
Mineiro gosta de vento. O vento em Belo Horizonte é pássaro sem gaiola, é ave solta.
Mineiro continua acreditando na janela aberta, na brisa do entardecer, que o clima vai refrescar de noite. Não é fã de ar-condicionado. O vento deve estar livre para surpreender as pálpebras, jamais enjaulado em um controle remoto.
Mineiro respeita a chuva, para lavar as mágoas e levar as tristezas embora.
Mineiro gosta de beber, bem mais que o carioca, porque não precisa de praia para ter motivo.
Mineiro gosta de morro, pois a ladeira treina o suspiro. E subindo ele encontra as melhores paisagens.
Todo mineiro, no alto de um prédio, procura a sua casa. E aponta com o orgulho para os filhos: é lá que moramos.
Mineiro gosta de juntar doce com salgado, queijo com goiabada, para se deliciar com os contrastes.
Mineiro gosta de trem, a ponto de construir ferrovias na fala. Não acaba uma conversa, desembarca de uma conversa.
Mineiro gosta da loucura do futebol. Comemora o título duas vezes: uma em nome de seu clube e outra para debochar do adversário.
Mineiro gosta de família. A família não tem fim. Até hoje não conheci a família inteira de minha esposa. Sempre aparece alguém novo nas festas – um primo, um tio, uma tia.
Mineiro gosta de quem cumprimenta olhando nos olhos. As palavras têm queixo erguido e honra.
Mineiro gosta de agradar com comida. Sempre leva um lanche para repartir com os colegas no emprego – um bolo, pãozinho caseiro, um doce de mãe.
Mineiro gosta de sobremesa, para recomeçar o almoço.
Mineiro gosta de expressões compridas, para estalar a língua no céu da boca.
Mineiro gosta de namorar. Quando o casamento dá certo, ele chama de namoro. Quando o casamento dá errado, ele chama de casamento mesmo.
Mineiro gosta de dizer tudo joia, vive brilhando os olhos em sua joalheria de lembranças.
Mineiro gosta da benção de pessoas mais velhas.
Mineiro gosta de trânsito, de ver as pessoas passando das janelas dos carros e das varandas dos prédios.
Mineiro gosta de praças, e praças que tenham o coração de um coreto.
Mineiro gosta de atravessar o silêncio estranho das avenidas, no retorno das festas.
Mineiro gosta de tirar os sapatos para longe quando chega em casa – os sapatos são cachorros dormindo debaixo dos móveis.
Mineiro gosta de emendar programas, juntar saídas, prolongar passeios, para criar saudade do lar.
Mineiro gosta de comemorar aniversário por vários dias. Se é para envelhecer, que seja com vontade.
Mineiro gosta de velório, para elogiar os seus mortos e recomendá-los aos anjos.
Mineiro gosta de batizado, para reclamar que foi muito longo.
Mineiro gosta de trabalho, para passar adiante um telefone fixo aos amigos. Ele ainda conserva o orgulho do cartão de visita.
Mineiro gosta de piadas inspiradas em fatos reais.
Mineiro gosta de fazer o caminho mais longo para provar que não é preguiçoso. Vai devagar pelo prazer da estrada.
Mineiro gosta de acordar cedo no fim de semana, só para contrariar as normas.
Mineiro gosta de sorvete para a língua disputar corrida com o sol.
Mineiro gosta de torresmo, para testar os dentes.
Mineiro gosta de cafezinho passado na hora, para se sentir visita.
Mineiro gosta de se explicar direitinho, nunca é direto.
Mineiro gosta de filmes sem legendas, nada de ironias, sarcasmo, ambiguidades. É ou não é.
Mineiro gosta do choro de uma viola, para homenagear os galos dos quintais da infância.
Mineiro gosta de ir a reunião de condomínio, só para ninguém fazer fofoca dele.
Mineiro gosta de santos, para não sobrecarregar Deus e socializar os pequenos milagres.
Só um mineiro para entender o quanto a capital Belo Horizonte é o interior de Minas.
Fabrício Carpinejar escreve sobre a capital mineira
Há  alguns anos vivemos fora do Brasil,  como cidadãos normais.
Aqui  mandatários, representantes do povo , da lei , clérigos  , em sua maioria  são sempre vistos levando  vida simples , até  o Papa !
Constantemente ao  serem fotografados em trens, bicicletas na praia, teem a imagem publicada  no Brasil  e .... são Aplaudidos !
No Brasil  (tenho visto na mídia internacional), mandatários e demais são  escorraçados, vaiados, são recebidos com coro calão ..... .
Não  entendo como ainda tem brasileirotes criticando quando alguém , Brasileiro ,  age igual aos estrangeiros aplaudidos e invejados por seu estilo de vida .
Me pergunto ::
Hipocrisia? . Síndrome de vira-lata?  Cognitivo entorpecido? Particípes ? Arautos da continuidade?
São adestrados para vociferar pensamentos alheios  (não é lavra própria, pois são mantras) ?
Pensem. Não caiam em contradição!

By - OliveiraFh Amyres ●

Harvard diz que humanos jamais teriam evoluído se não tivessem começado a comer carne, REVOLTANDO VEGANOS

A prática do veganismo, em suma, atesta que os seres humanos vivam sem explorar os outros animais, preservando sempre sua liberdade e integridade. Segundo a mesma ideia, as pessoas não precisam de carne para “funcionar”.
PORÉM
EM CONTRAPARTIDA, PESQUISADORES da UNIVERSIDADE de HARVARD SUGERIRAM EM UM POLÊMICO ESTUDO, PUBLICADO PELA REVISTA Nature, QUE é POSSÍVEL QUE, SEM  UMA DIETA QUE INCLUÍSSE GENEROSA QUANTIDADE de * PROTEÍNA ANIMAL, o HOMEM NÃO TERIA EVOLUÍDO PARA ESSA VERSÃO MODERNA e INTELIGENTE.

O estudo sugeriu que há cerca de 3 MILHÕES DE ANOS, o homem primitivo deu início a uma alimentação à base de carne. ESSE TIPO de *DIETA FEZ COM QUE ELES ECONOMIZASSEM 2,5 MILHÕES de MASTIGADAS ao ano, bem como aumentou o número calorias

De acordo com os pesquisadores, a mudança na dieta alimentar trouxe refeições ainda mais ricas em calorias. ISSO também AUMENTOU os NÍVEIS de NUTRIENTES em GERAL. Ainda, pelo processo de COZIMENTO da carne, que teve início há 500 mil anos, a mastigação foi ainda mais facilitada.

**Para o estudo, foram realizadas análises em grupos de homem que tiveram que mastigar carne de cabra (semelhante à que era consumida no passado) e vegetais. Então, por meio de sensores de eletromiografia, foram medidas quantidades de energia gastas pelos músculos da cabeça e mandíbula. Os resultados mostraram que nossos parentes primitivos podem ter economizado até muito tempo ao ano pela inclusão da carne na dieta.

Evolução e dieta
O que veio acompanhado dessa economia de energia foi mais tempo livre, já que os seres humanos conseguiam terminar as refeições mais rapidamente,  ENTÃO, instintivamente, usaram esse tempo para caçar e com6er CADA vez MAIS CARENTES. Isso foi essencialmente importante, uma vez que o CÉREBRO é um órgão NUTRICIONAL MENTE exigente e passou a ter MAIS NUTRIENTES para seu DESENVOLVIMENTO.

*Dessa forma, com o passar do tempo, evoluímos para ter dentes menos afiados, uma vez que se tornaram desnecessários, e a mandíbula também se tornou menos pronunciada e suportada por menos músculos.

MUDANÇAS importantes também foram sentidas pelo crânio e pescoço humano, que tiveram que se adaptar a um cérebro cada vez maior. Esse aumento também veio acompanhado de uma maior complexidade do órgão, que agora possuía termorregulação e regiões de fala mais avançadas. ENTÃO, pelo aumento da massa encefálica, o homem se tornou mais inteligente.

CONTUDO, os pesquisadores admitem que a ingestão de carne como forma ESSENCIAL para o desenvolvimento da espécie não pode servir como justificativa para o aumento do consumo neste século em virtude do atual estágio evolutivo .

[ Diário de Biologia / Nature ]
🤔📍
crédito toakey
To me convencendo que BOLSONARO seja mesmo um baita PALHAÇO ....
Palhaço tem origem no italiano "paglia", que nada mais é do que a "palha". Material utilizado para encher as roupas dos primeiros comediantes deste gênero, os "Pagliacci".
Estes personagens surgiram durante o movimento da "Commedia dell'arte", que veio se opor à comédia erudita.
Os "Pagliacci" não interpretavam. Não criavam personagens. Cada artista era único. O próprio ator expunha suas ingenuidades, fragilidades e confusões. Tudo vinha da extrema sinceridade do artista.
Assim, então, mais do que buscar o sorriso, os pagliacci expunham o óbvio que ninguém via. Com inocência despretensiosa, desnudavam e questionavam toda a hipocrisia da sociedade.
Bolsonaro, talvez, realmente seja um palhaço. Um palhaço que, com seu jeito verdadeiro e original, se opõe à erudição dos canalhas e expõe imoralidade dos hipócritas.
Enquanto desperta a ira da imprensa militante e dos carnavalescos criminosos, o povo de bem sorri. E é isso que importa.
Texto copiado TAOKEY

domingo, 7 de abril de 2019

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Homília á Vérgilo Laurente - Virgílio

Homília á Vérgilo Laurente - Virgílio ... * De vez em quando, dê uma espiadinha na direção de Deus. Você não me verá, mas eu ficaria muito feliz vendo você olhar para Ele." ... " Se eu morrer antes de você, faça-me um favor. Chore o quanto quiser, mas não brigue com Deus por Ele haver me levado. Se não quiser chorar, não chore. Se não conseguir chorar, não se preocupe. Se tiver vontade de rir, ria. Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente sua versão. Se me elogiarem demais, corrija o exagero. Se me criticarem demais, defenda-me. Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam. Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo. Se falarem mais de mim do que de Jesus Cristo, chame a atenção deles. Se sentir saudade e quiser falar comigo, fale com Jesus e eu ouvirei. Espero estar com Ele o suficiente para continuar sendo útil a você, lá onde estiver. E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase: "Foi meu amigo, acreditou em mim e me quis mais perto de Deus!" Aí, então derrame uma lágrima. Eu não estarei presente para enxugá-la, mas não faz mal. Outros amigos farão isso no meu lugar. E, vendo-me bem substituído, irei cuidar de minha nova tarefa no céu. "E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai, aí, sem nenhum véu a separar a gente, vamos viver, em Deus, a amizade que aqui nos preparou para Ele. Você acredita nessas coisas? Então ore para que nós dois vivamos como quem sabe que vai morrer um dia, e que morramos como quem soube viver direito. Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo. Mas, se eu morrer antes de você, acho que não vou estranhar o céu... Ser seu amigo já é um pedaço dele... " *"Quando eu (*Amyres Fh.) encontrei esta mensagem de Chico Xavier a elegi para homenagear meus verdadeiros amigos , aqueles que reúnem a essência e concordância de pensamentos, aqui e na eternidade. Quisera não publica-la, mas os desígnios do Mistério prevalecem! " Oliveira Filho Amyres" Postado por Oliveira Filho Amyres às 5.4.08 http://amyres-sendasysenderos.blogspot.com.br/ * Dedico esta homília aos familiares , em especial a: Marina Laurente, Mariângela, Tânia, Pedro Márcio, Sergio e ... , ao *Peixinho.

Homília á Vérgilio Laurente - Vírgilio

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Aloísio Magalhães Guia de Tropa GE44MG - Cb FAB - Patrulheiro Rodoviário - PRF. Insp.Trovão - Cara-pálida

" ... De vez em quando, dê uma espiadinha na direção de Deus. Você não me verá, mas eu ficaria muito feliz vendo você olhar para Ele." ........................................................................................................ . " Se eu morrer antes de você, faça-me um favor. Chore o quanto quiser, mas não brigue com Deus por Ele haver me levado. Se não quiser chorar, não chore. Se não conseguir chorar, não se preocupe. Se tiver vontade de rir, ria. Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente sua versão. Se me elogiarem demais, corrija o exagero. Se me criticarem demais, defenda-me. Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam. Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo. Se falarem mais de mim do que de Jesus Cristo, chame a atenção deles. Se sentir saudade e quiser falar comigo, fale com Jesus e eu ouvirei. Espero estar com Ele o suficiente para continuar sendo útil a você, lá onde estiver. E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase: "Foi meu amigo, acreditou em mim e me quis mais perto de Deus!" Aí, então derrame uma lágrima. Eu não estarei presente para enxugá-la, mas não faz mal. Outros amigos farão isso no meu lugar. E, vendo-me bem substituído, irei cuidar de minha nova tarefa no céu "E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai, aí, sem nenhum véu a separar a gente, vamos viver, em Deus, a amizade que aqui nos preparou para Ele Você acredita nessas coisas? Então ore para que nós dois vivamos como quem sabe que vai morrer um dia, e que morramos como quem soube viver direito. Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo. Mas, se eu morrer antes de você, acho que não vou estranhar o céu... Ser seu amigo já é um pedaço dele... " *"Quando encontrei esta mensagem de Chico Xavier a elegi para homenagear meus verdadeiros amigos , aqueles que reúnem a essência e concordância de pensamentos, aqui e na eternidade. Quisera não publica-la, mas os desígnios do Mistério prevalecem! " Oliveira Filho Amyres" Postado por Oliveira Filho Amyres às 5.4.08 http://amyres-sendasysenderos.blogspot.com.br/

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

sábado, 24 de março de 2012

Galo - 104 anos da igrja universal do Reino do Galo

Os 104 anos e a Igreja Universal do Reino do Galo Fred Melo Paiva Publicação: 24/03/2012 04:00 (Jornal Estado de Minas)
Amanhã o Galo completa 104 anos. Imortal como Oscar Niemeyer. Razão de existir minha e de outros milhões, algo que não se explica e do qual tantas outras dezenas de milhões morrem de inveja. Porque o Atlético é diferente. O atleticano é diferente. Na sua alma tem uns calos que não se curam, uns rancores que não passam, aquela amargura que só os muito injustiçados podem compreender. A despeito disso, essa mesma alma é plena de fé no futuro e persistência no presente, não desiste nunca, não abandona o barco – como o galo de briga saído da pena do chargista Mangabeira, em fins dos anos 1930, e não por acaso adotado como nenhum outro. Por mais 104 anos, e até o fim dos tempos, o atleticano nascerá de novo a cada vez que sua veia do pescoço estiver prestes a pular para fora, naquela hora em que ele canta “Lutar, lutar, lutar” no Mineirão lotado. A pessoa desavisada pode achar que gostamos excessivamente de futebol. Está enganada. Nós não gostamos de futebol – gostamos de Atlético. Atleticano não fica vendo jogo da Liga dos Campeões, não sabe se o Messi é melhor que o Maradona, não perde tempo discutindo a Seleção. Eu, particularmente, nunca vi um jogo do Barcelona na vida e não perco meu tempo com isso. Quando fui cobrir uma Copa do Mundo para o jornal O Estado de S. Paulo em 2006, minha única preocupação era o Atlético. Chegava aos estádios e a primeira coisa que eu fazia era verificar quantas bandeiras do Galo apareciam nas arquibancadas. Procurava entrevistar os atleticanos, em detrimento de outros. Enviei ao Brasil um total de 12 reportagens. Em todas, rigorosamente todas, tinha a palavra “Atlético”. E por mais que houvesse uns gatos pingados com a bandeira do Cruzeiro, jamais os citei. Num raro momento de folga, em que poderia ter visitado um museu, fui à loja do Borussia Dortmund comprar uma jaqueta do Galo da Alemanha. Isso não tem a ver com futebol. Tem a ver com religião. Vejo agora que o culto ecumênico pelo aniversário do Galo, realizado desde 1999 na Catedral da Boa Viagem (e também no Natal, quando a Missa do Galo é rezada pelo papa), foi cancelado. Segundo o Atlético, a Arquidiocese de Belo Horizonte proibiu o clube de realizá-lo para “preservar o espaço sagrado para o qual ela foi constituída”. Estranhei a justificativa: uai, se é para preservar o espaço sagrado, o que de mais sagrado esse povo vai arrumar do que o Atlético? Só se for Jesus Cristo em pessoa. Da minha parte, acho que a gente devia deixar esse negócio de Deus para lá. Faz 104 anos que pedimos pelo Atlético, e só fomos de fato ouvidos em 1971. Convenhamos: Deus não está a fim de nós. Façamos como os fãs do Maradona, que abriram uma Igreja Maradonista, onde rola uísque do Paraguai e striptease. Na Igreja Universal do Reino do Galo teria imagens do Reinaldo e do Éder, tropeiro e chope gelado, Creedence e Beth Carvalho. Para ser convertido, o sujeito teria de parar no ar igual ao Dario. A massa pagaria o trízimo. Parabéns, meu Galo querido! Quero morrer te vendo bem vivo, amém.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Reinventar a vida * Frei Betto -

Reinventar a vida Frei Betto - Publicação: 28/12/2011 04:00 – EM
Finda o ano, inicia-se o novo. No íntimo, o propósito: daqui pra frente, tudo vai ser diferente. Começar de novo. Será? Haveremos de escapar do vaticínio do verso de Fernando Pessoa, “fui o que não sou”?
Atribui-se a Gandhi esta lista dos sete pecados sociais: 1) Prazeres sem escrúpulos; 2) Riqueza sem trabalho; 3) Comércio sem moral; 4) Conhecimento sem sabedoria; 5) Ciência sem humanismo; 6) Política sem idealismo; 7) Religião sem amor.
E agora, José? No mundo em que vivemos, quanta esbórnia, corrupção, nepotismo, ciência e tecnologia para fins bélicos, práticas religiosas fundamentalistas, arrogantes e extorsivas! Os ícones atuais, que pautam o comportamento coletivo, quase nada têm do altruísmo dos mestres espirituais, dos revolucionários sociais, do humanismo de cientistas como os dois Albert – o Einstein e o Schweitzer. Hoje, predominam as celebridades do cinema e da TV, as cantoras exóticas, os desportistas biliardários, a sugerir que a felicidade resulta de fama, riqueza e beleza.
Impossibilitada de sair de si, de quebrar seu egocentrismo (por falta de paradigmas), uma parcela da juventude se afunda nas drogas, na busca virtual de um esplendor que a realidade não lhe oferece. São crianças e jovens deseducados para a solidariedade, a compaixão, o respeito aos mais pobres. Uma geração desprovida de utopia e sonhos libertários. A australiana Bronnie Ware trabalhou com doentes terminais. A partir do que viu e ouviu, elencou os cinco principais arrependimentos de pessoas moribundas:
1) Gostaria de ter tido a coragem de viver uma vida verdadeira para mim, e não a que os outros esperavam de mim. No entardecer da vida, podemos olhar para trás e verificar quantos sonhos não se transformaram em realidade! Porque não tivemos coragem de romper amarras, quebrar algemas, nos impor disciplina, abraçar o que nos faz feliz, e não o que melhora a nossa foto aos olhos alheios. Trocamos a felicidade da pessoa pelo prestígio da função. E muitos se dão conta de que, na vida, tomaram a estrada errada quando ela finda. Já não há mais tempo para abraçar alternativas.
2) Gostaria de não ter trabalhado tanto. Eis o arrependimento de não ter dedicado mais tempo à família, aos filhos, aos amigos. Tempo para lazer, meditar, praticar esportes. A vida, tão breve, foi consumida no afã de ganhar dinheiro, e não de imprimir a ela melhor qualidade. E nesse mundo de equipamentos que nos deixam conectados dia e noite somos permanentemente sugados; fazemos reuniões pelo celular até quando dirigimos carro; lidamos com o computador como se ele fosse um ímã eletrônico do qual é impossível se afastar.
3) Gostaria de ter tido a oportunidade de expressar meus sentimentos. Quantas vezes falamos mal da vida alheia e calamos elogios! Adiamos para amanhã, depois de amanhã. O momento de manifestar o nosso carinho àquela pessoa, reunir os amigos para celebrar a amizade, pedir perdão a quem ofendemos e reparar injustiças. Adoecemos macerados por ressentimentos, amarguras, desejo de vingança. E para ficar bem com os outros, deixamos de expressar o que realmente sentimos e pensamos. Aos poucos, o cupim do desencanto nos corrói por dentro.
4) Gostaria de ter tido mais contato com meus amigos. Amizades são raras. No entanto, nem sempre sabemos cultivá-las. Preferimos a companhia de quem nos dá prestígio ou facilita o nosso alpinismo social. Desdenhamos os verdadeiros amigos, muitos de condição inferior à nossa. Em fase terminal, quando mais se precisa de afeto, a quem chamar? Quem nos visita no hospital, além dos que se ligam a nós por laços de sangue e, muitas vezes, o fazem por obrigação, não por afeição? Na cultura neoliberal, moribundos são descartáveis e a morte é fracasso. E não se busca a companhia de fracassado.
5) Gostaria de ter tido a coragem de me dar o direito de ser feliz. Ser feliz é uma questão de escolha. Mas, vamos adiando nossas escolhas, como se fossemos viver 300 ou 500 anos. Ou esperamos que alguém ou uma determinada ocupação ou promoção nos faça feliz. Como se a nossa felicidade estivesse sempre no futuro, e não aqui e agora, ao nosso alcance, desde que ousemos virar a página de nossa existência e abraçarmos algo muito simples: fazer o que gostamos e gostar do que fazemos.
Reinventar a vida Frei Betto - Publicação: 28/12/2011 04:00 – EM

sábado, 2 de abril de 2011

Mudanças incomodas .Floreando o idíoma ...

Mário Prata

Outro dia fui comprar um abajur. A mocinha me olhou e perguntou:
- Luminária?
Eu olhei em volta, tinha uma porção de abajur.
- Não, abajur mesmo, eu disse.
- De teto?
Fiquei olhando meio pasmo para a vendedora, para o teto, para a rua. Ou eu estava muito velho ou ela estava muito nova.
- No meu tempo - e isso faz pouco tempo - o abajur a gente punha no criado-mudo, na mesinha da sala. E lá em cima era lustre.
- Lustre?
Descobri que agora é tudo luminária. Passou por spot, virou luminária. Pra mim isso é pior que bandeirinha virar auxiliar de arbitragem, e passe (no futebol) chamar-se agora assistência.
Quem são os idiotas que ficam o dia inteiro pensando nessas coisas? Mudar o nome das coisas? Por que eles não mudam o próprio nome? A mocinha-da-luminária, por exemplo, se chamava Mariclaire. Desconfio até que já tivesse mudado de nome.
Pra que mudar o nome das coisas? Eu moro numa rua que se chama Rodovia Tertuliano de Brito Xavier. Sabe como se chamava antes? Caminho do Rei. Pode? Pode! Coisa de vereador com minhoca na cabeça e tio para homenagear. Mas lustres e abajur, gente, é demais.
Programação de televisão virou grade. Deve ser para prender o espectador mais desavisado. Entrega em domicílio virou delivery. Agenda de correio, mailing. São os publicitários, os agentes de 'marquetingui'?
Quer coisa mais bonita do que criado-mudo? Existe nome melhor para aquilo? Pois agora as lojas vendem mesa-de-apoio. Considerando-se a estratégica posição ao lado da cama, posso até imaginar para que tipo de apoio serve.
Antigamente virava-se santo, agora vira-se beato, como se já não bastassem todas as carolas beatas que temos por aí.
Mudar o nome de deputado para putado ninguém tem coragem, né? Nem de senador para sonhador. Sonhadores da República, não soa bem? E uma bancada de putados?
A turma dos dez por cento agora se chama lobista! E a palavra não vem de lobo, mas parece.
E tem umas palavras que surgem de repente do nada.
Luau - Isso é novo. Quando eu era jovem, se alguém falasse essa palavra ou fosse participar de um luau, era olhado meio de lado. Era pior que tomar vinho rosê. Coisa de bicha, isso de luau.
Mas a vantagem de ser um pouco mais velho é saber que o computador que hoje todo mundo tem em casa e que na intimidade é chamado de micro, nasceu com o nome de cérebro-eletrônico. Sabia dessa? E sabia que o primeiro computador, perdão cérebro-eletrônico, pesava 14 toneladas? E que, na inauguração do primeiro, os gênios da época diziam que, até o final do século, se poderia fazer computadores de apenas uma tonelada?
Outra palavrinha nova é stress. Pode ter certeza, minha jovem, que, antes de inventarem a palavra, quase ninguém tinha stress. Mais ou menos como a TPM. Se a palavra está aí a gente tem de sofrer com ela, não é mesmo? No meu tempo o máximo que a gente ficava era de saco cheio. Estressado, só a turma do Luau.
E agora me diga: por que é que em algumas casas existe jardim de inverno e não jardim de verão?
E se você quiser mudar o nome desta crônica para lingüiça, pode.

* "Dentre muitas ... Amyres

Mudanças incomodas ...

style="font-weight:bold;">por - Mário Prata

Outro dia fui comprar um abajur. A mocinha me olhou e perguntou:
- Luminária?
Eu olhei em volta, tinha uma porção de abajur.
- Não, abajur mesmo, eu disse.
- De teto?
Fiquei olhando meio pasmo para a vendedora, para o teto, para a rua. Ou eu estava muito velho ou ela estava muito nova.
- No meu tempo - e isso faz pouco tempo - o abajur a gente punha no criado-mudo, na mesinha da sala. E lá em cima era lustre.
- Lustre?
Descobri que agora é tudo luminária. Passou por spot, virou luminária. Pra mim isso é pior que bandeirinha virar auxiliar de arbitragem, e passe (no futebol) chamar-se agora assistência.
Quem são os idiotas que ficam o dia inteiro pensando nessas coisas? Mudar o nome das coisas? Por que eles não mudam o próprio nome? A mocinha-da-luminária, por exemplo, se chamava Mariclaire. Desconfio até que já tivesse mudado de nome.
Pra que mudar o nome das coisas? Eu moro numa rua que se chama Rodovia Tertuliano de Brito Xavier. Sabe como se chamava antes? Caminho do Rei. Pode? Pode! Coisa de vereador com minhoca na cabeça e tio para homenagear. Mas lustres e abajur, gente, é demais.
Programação de televisão virou grade. Deve ser para prender o espectador mais desavisado. Entrega em domicílio virou delivery. Agenda de correio, mailing. São os publicitários, os agentes de 'marquetingui'?
Quer coisa mais bonita do que criado-mudo? Existe nome melhor para aquilo? Pois agora as lojas vendem mesa-de-apoio. Considerando-se a estratégica posição ao lado da cama, posso até imaginar para que tipo de apoio serve.
Antigamente virava-se santo, agora vira-se beato, como se já não bastassem todas as carolas beatas que temos por aí.
Mudar o nome de deputado para putado ninguém tem coragem, né? Nem de senador para sonhador. Sonhadores da República, não soa bem? E uma bancada de putados?
A turma dos dez por cento agora se chama lobista! E a palavra não vem de lobo, mas parece.
E tem umas palavras que surgem de repente do nada.
Luau - Isso é novo. Quando eu era jovem, se alguém falasse essa palavra ou fosse participar de um luau, era olhado meio de lado. Era pior que tomar vinho rosê. Coisa de bicha, isso de luau.
Mas a vantagem de ser um pouco mais velho é saber que o computador que hoje todo mundo tem em casa e que na intimidade é chamado de micro, nasceu com o nome de cérebro-eletrônico. Sabia dessa? E sabia que o primeiro computador, perdão cérebro-eletrônico, pesava 14 toneladas? E que, na inauguração do primeiro, os gênios da época diziam que, até o final do século, se poderia fazer computadores de apenas uma tonelada?
Outra palavrinha nova é stress. Pode ter certeza, minha jovem, que, antes de inventarem a palavra, quase ninguém tinha stress. Mais ou menos como a TPM. Se a palavra está aí a gente tem de sofrer com ela, não é mesmo? No meu tempo o máximo que a gente ficava era de saco cheio. Estressado, só a turma do Luau.
E agora me diga: por que é que em algumas casas existe jardim de inverno e não jardim de verão?
E se você quiser mudar o nome desta crônica para lingüiça, pode.

domingo, 30 de maio de 2010

Exigências da vida moderna - Luís Fernando Veríssimo

Exigências da vida moderna (quem aguenta tudo isso???)

Dizem que todos os dias você deve comer umamaçã por causa do ferro. E uma banana pelo potássio.
E também uma laranja pela vitamina C...
Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes.
Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água.
E depois uriná-los, o que consome o dobro do tempo.
Todos os dias deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos (que ninguém sabe bem o que é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão).
Cada dia uma Aspirina, previne infarto.
Uma taça de vinho tinto também.
Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervoso.
Um copo de cerveja, para... não lembro bem para o que, mas faz bem. O benefício adicional é que se você tomar tudo isso ao mesmo tempo e tiver um derrame, nem vai perceber.... .....
Todos os dias deve-se comer fibra.
Muita, muitíssima fibra. Fibra suficiente para fazer um pulôver.
Você deve fazer entre quatro e seis refeiçõesleves diariamente. E nunca se esqueça de mastigar pelo menos cem vezes cada garfada. Só para comer, serão cerca de cinco horas do dia... UFA !!!
E não esqueça de escovar os dentes depois de comer...
Ou seja, você tem que escovar os dentes depois da maçã, da banana, da laranja, das seis refeições e enquanto tiver dentes, passar fio dental, massagear a gengiva, escovar a língua e bochechar com Plax.
Melhor, inclusive, ampliar o banheiro e aproveitar para colocar um equipamento de som, porque entre a água, a fibra e os dentes, você vai passar ali várias horas por dia. CAGANDO, NÉ !!!
Há que se dormir oito horas por noite e trabalhar outras oito por dia, mais as cinco comendo são vinte e uma.
Sobram três, desde que você não pegue trânsito. TÁ DIFICILLLLL
As estatísticas comprovam que assistimos três horas de TV por dia. Menos você, porque todos os dias você vai caminhar ao menos meia hora (por experiência própria, após quinze minutos dê meia volta e comece a voltar, ou a meia hora vira uma).
E você deve cuidar das amizades, porque são como uma planta: devem ser regadas diariamente, o que me faz pensar em quem vai cuidar das minhas amizades quando eu estiver viajando.
Deve-se estar bem informado também, lendo dois ou três jornais por dia para comparar as informações.
Ah! E o sexo!!!!
Todos os dias, um dia sim, o outro também, tomando o cuidado de não se cair na rotina.
Há que ser criativo, inovador para renovar a sedução.
Dizer EU TE AMO, toda hora, ''ainda pego quem inventou essa neura...que saco!!!' isso leva tempo e nem estou falando de sexo tântrico.
Também precisa sobrar tempo para varrer, passar, lavar roupa, pratos e espero que você não tenha um bichinho de estimação. se tiver tem que brincar com ele, pelo menos meia hora todo dia, para ele não ficar deprimido... .
Na minha conta são 29 horas por dia...
A única solução que me ocorre é fazer várias dessas coisas ao mesmo tempo!!!
Tomar banho frio com a boca aberta, assim você bebe água e escova os dentes ao mesmo tempo.
Chame os amigos e seus pais, seu amor, o sogro, a sogra, os cunhados...
Beba o vinho, coma a maçã e dê a banana na boca da sua mulher. Não esqueça do EU TE AMO, (Vou achar logo quem inventou isso, me aguarde).
Ainda bem que somos crescidinhos, senão ainda teria um Danoninho e se sobrarem 5 minutos, uma colherada de leite de magnésio.
Agora voce tá ferrado mesmo é se tiver criançapequena, ai lascou de vez, porque o tempo que ia sobrar para voce...meu já era. Criança ocupa um tempo danado.
Agora tenho que ir.
É o meio do dia, e depois da cerveja, do vinho e da maçã, tenho que ir ao banheiro e correndo.
E já que vou, levo um jornal.....
Tchau....
Se sobrar um tempinho, me manda um e-mail.
Luís Fernando Veríssimo

quinta-feira, 1 de abril de 2010

UM EXPERIMENTO SOCIALISTA ...

Um ‘certo’ professor, em um curso de economia, disse que nunca repetiu um só aluno antes, mas tinha, uma vez, repetido uma classe inteira.
Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e 'justo.' O professor então disse, "Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas em testes."
Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam 'justas.' Isso quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém repetiria. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia um A...
Depois que a média das primeiras provas foram tiradas, todos receberam B’s. Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.
Quando o segundo teste foi aplicado, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. Como um resultado, a segunda média dos testes foi D.
Ninguém gostou.
Depois do terceiro teste, a média geral foi um F.
As notas não voltaram a patamares mais altos, mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram... Para sua total “surpresa” .
O professor explicou que o experimento socialista tinha falhado porque ele foi baseado no menor esforço possível da parte de seus participantes. Preguiça e mágoas foram seu resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual o experimento tinha começado.
"Quando a recompensa é grande", ele disse, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós.
Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem seu consentimento para dar a outros que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável."

segunda-feira, 15 de março de 2010

SINTO VERGONHA DE MIM ! de Cleide Canton

Poesia de Cleide Canton 'Desabafo' de Rollando Boldrim.

Eu, o Amyres, faço destas acertivas minhas inquietudes, ...., .

Sinto vergonha de mim!

"Por ter sido educadora de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.

Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
Que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o "eu" feliz a qualquer custo,
buscando a tal "felicidade"
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.

Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos "floreios" para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre "contestar",
voltar atrás
e mudar o futuro.

'Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo
que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...

Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.

Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti, povo brasileiro!



* Cleide Maria Canton Garcia, Cleide Canton, poetisa, educadora ... . Interiorana, Nascida em Assis, Estado de São Paulo
.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

ESCUTATÓRIA - Do genial Rubem Alves, lá das Minas Gerais...

Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar... Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular. Escutar é complicado e sutil.
Diz Alberto Caeiro que... não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma. Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia. Parafraseio o Alberto Caeiro: Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma. Daí a dificuldade...
A gente não aguenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor... Sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração... e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor...
Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade. No fundo, somos os mais bonitos...
Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64. Contou-me de sua experiência com os índios: Reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. ".................." Abrindo vazios de silêncio... Expulsando todas as idéias estranhas. Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos..... Pensamentos que ele julgava essenciais. São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou.
Se eu falar logo a seguir... São duas as possibilidades.
Primeira: Fiquei em silêncio só por delicadeza.. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua ("tola") fala. Falo como se você não tivesse falado.
Segunda: Ouvi o que você falou. Mas, isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou. Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.
O longo silêncio quer dizer: Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou. E, assim vai a reunião. Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia.

Eu comecei a ouvir. Fernando Pessoa conhecia a experiência... E, se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras... No lugar onde não há palavras.
A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa.
No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia... Que de tão linda nos faz chorar...
Para mim, Deus é isto: A beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: A beleza mora lá também.
Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.
(Rubem Alves)