sexta-feira, 20 de julho de 2007

DEFICIÊNCIAS - Mario Quintana

DEFICIÊNCIAS - Mario Quintana

"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou DA sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.
"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome,
de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás DA máscara DA hipocrisia.
"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
"Diabético" é quem não consegue ser doce.
"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.

E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:
"Miseráveis" são todos que não conseguem enxergar a grandeza .
"A amizade é um amor que nunca morre."

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Profissão: saber viver (por Marco Roza)

Profissão: saber viver - Por Marco Roza

A melhor profissão do mundo é estar vivo. A ponto de nenhum morto discordar desta nossa afirmação. Mas tem gente entre nós, vivos da silva, que se apresenta morto para a vida. Se fixa com tanta intensidade em idéias, funções e status que perde oportunidades imensas em captar a dinâmica da vida.

Porque não basta estar vivo. É importante adotar como profissão saber viver. Quem descobre esse lado e o pratica foge dos rótulos, evita os elogios falsos, acredita em surpresas a qualquer momento. E aprende, claro, aproveitá-las.

Ao aprender a viver plenamente, a gente capta nuances de nós mesmos, antes enterradas em disciplinas corporativas ou em rituais de relacionamento profissional. Saca, de repente, que o cartão de visita não precisa ter a função escrita para nos fazer melhor que o outro (ou outra) que o recebe. Que o carro que nos carrega para baixo e para cima é tão bom quanto o último modelo do ano, de uma marca estrangeira.

Livres dos ruídos sociais, podemos olhar e ver o mundo na sua transparência. E identificar as pessoas, os homens, as mulheres, as meninas e os meninos, como os elos legítimos que nos vincularão a novas tarefas enquanto aguardamos o dia da nossa morte. Amém.

Sem profissão definida, tudo somos e seremos. Temos a nosso favor algumas décadas pela frente. Que nos brindarão com uma infinidade de encontros, de novos rostos e sonhos de pessoas ansiosas para se tornarem tão felizes quanto nós.

Até que com o tempo valorizaremos a principal moeda: saber viver. E a usaremos de maneira abundante. Onde chegarmos, construiremos equipes cheias de esperança. Um sentimento gostoso, dos que esperam o dia seguinte para provar para eles mesmos e para o mundo inteiro que a grande sustentação da esperança é viver.

E como conseguimos, de um jeito ou de outro, escapar dos rótulos, vamos ocupar o tempo que nos resta em ajustar cenários emocionais, a confiar mais nas pessoas, a sorrir até mesmo para piada fraca.

Nos tornaremos, então, profissionais diferentes. Cheios de energia e confiança. Porque teremos a certeza que saber viver nos colocará numa roda-viva que não se esgotará nunca. Nem mesmo na eventualidade de mudarmos nosso endereço para os cemitérios. Por que? Porque ao se profissionalizar em saber viver, você virará o sal da terra. E sua alegria contagiará as gerações futuras, que terão na sua história de vida um exemplo a seguir, muito superior à função que agora você tem na carteira de trabalho, na placa em cima da sua mesa ou no título no seu cartão de visita.

Marco Roza é jornalista. Diretor da MDM - Marco Direto Marketing. Pode ser encontrado no 0800-11-1239 ou através de seu blog Os hábitos intangíveis do Consumidor Popular
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