quarta-feira, 23 de abril de 2008

Uma Bailarina Portuguesa, para sempre no coração da Tereza.

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não consigo deixar de registrar meu repúdio, nojo, raiva, dor, medo mesmo, porque não consigo parar de pensar neste horror de história, da pequena isabella.

precisava entender, ao menos, o porquê pra acalmar meu coração.

e ai, imagino que ao permitirmos que o desenho de família mude, e as vezes, de maneira frenética, tenhamos perdido o verdadeiro sentido de clã e, com isso, - ao invés de remodelarmos velhos conceitos, estamos sim, deixando simplesmente, que as estruturas mais fundamentais sejam destruídas -, expondo nossos pequenos ao desatino absoluto.

as novas - configurações familiares - são uma consequência lógica da modernidade, mas deveríamos obrigar aos que entram e aos que saem, - que tratassem com mais delicadeza a unidade familiar -, sendo pastoreados por nós, os mais velhos, com a firme intenção de nunca macular este núcleo, pelo contrário , com o único propósito de somar, aumentar, se aconchegar em torno dele, preservando-o a ponto de parecer, e ser, sólido para sempre.

tantas mães, tantos pais, muitos avós deveriam traduzir mais amor , mais segurança.

mas quando surge um casal como este, que escancara na nossa frente toda sordidez humana, percebemos uma fragilidade que talvez já estivesse sendo anunciada.

a eles, que não podem nem ser chamados de animais, pois estes cuidam de suas crias, o castigo exemplar.

à isabella, a paz!

pela minha mais absoluta convicção , paz conseguida no instante que das mãos do seu papai, passou a ser pega por dezenas de mãozinhas iluminadas, de muitos anjinhos, como ela, que escorregaram num tobogã gigante, chegando numa piscina de estrelas e de lá, correram por um parque colorido , desvendando seus brinquedos.

e ai, sob o manto divino, já sem marcas, sem dor, sem sangue, só com aquele sorrisinho lindo, de uma bailarina portuguesa.
aos que lhe tinham amor, ficará uma eterna doce conexão de energia, aos demais o esquecimento absoluto, como se nunca tivessem existido em sua vidinha.

não pode ter sido à-toa, tem que servir pra alguma coisa.
que seja, pelo menos, pra gente refletir.
tereza caniatti

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